quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Eja no Teatro




   
Agora vamos contarA história de uma viagem.
Feita por dois explorados e por um explorador. 
Vejam bem o procedimento desta gente:Estranhável, conquanto não pareça estranho 
Difícil de explicar, embora tão comum 
Difícil de entender, embora seja a regra. 
Até o mínimo gesto, simples na aparência, 
Olhem desconfiados! 
Perguntem 
Se é necessário, a começar do mais comum! 
E, por favor, não achem natural 
O que acontece e torna a acontecer 
Não se deve dizer que nada é natural!
Numa época de confusão e sangue, 
Desordem ordenada, arbítrio de propósito,
Humanidade desumanizada
Para que imutável não se considere 
Nada




Assim termina 
A história de uma viagem 
Que vocês viram e ouviram
.E viram o que é comum 
O que está sempre ocorrendo
Mas a vocês nós pedimos:
 No que não é de estranhar 
Descubram o que há de estranho!
 No que parece normal 
Vejam o que há de anormal! 
No que parece explicado 
Vejam quanto não se explica!
 E o que parece comum 
Vejam como é de espantar!
 Na regra, vejam o abuso 
E, onde o abuso apontar 


















Procurem remediar!